janeiro 08, 2021
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou os dados preliminares sobre a evolução do desemprego, da população empregada, população ativa e população inativa relativos ao mês de novembro. Destacamos o seguinte:
1 – Taxa de Desemprego em novembro, ajustada pela sazonalidade, caiu sequencialmente 30pb para 7,2% e subiu cerca de +50pb em termos homólogos. Estes valores comparam com a média móvel dos últimos 12 meses (12MMM) 7,01% e 3MMM 7,54%;
2 – População Ativa caiu -0,3% homólogo (+0,3% em cadeia) e compara com 12MMM -1,15% e 3MMM -1,06%;
3 - População Inativa subiu 1,5% homólogo (-0,4% em cadeia) e compara com 6MMM: +3,09% e 3MMM: +2,10%;
4 – População Subutilizada subiu 12,9% homólogo (-5,5% em cadeia) e compara com 6MMM: +19,23% e 3MMM: +17,81%;
5 – População Empregada caiu -0,9% homólogo (+0,6% em cadeia) e compara com 12MMM: -1,71% e 3MMM: -1,68%.
O conjunto de dados divulgados pelo INE, continuam a surpreender pela positiva, mostrando uma melhoria sequencial das principais métricas. Não somente a taxa de desemprego tem vindo a cair, mas todas as outras métricas melhoram; nomeadamente População Ativa; População subutilizada e População Empregada. De facto, o número atual de População Empregada: 4 812 000, é exatamente o mesmo de março 2020, cerca de 27 000 abaixo dos dados de fevereiro 2020 (antes da pandemia), 35 000 abaixo do valor que se registou em novembro 2019 e compara com 4 655 000 registados em maio de 2020, o valor mais baixo com a pandemia. Medindo de uma forma diferente, pelas variações homólogas nos agregados Desemprego, População Subutilizada e População Inativa, o número atual são +154 000 pessoas vs. novembro 2019, enquanto em agosto se registaram 312 000, a variação homóloga mais elevada desde o início da pandemia.
Em resumo, os dados do mercado de trabalho continuam a surpreender pela positiva, mostrando uma melhoria sequencial e um menor agravamento homólogo. Esta variável, mercado de trabalho, tende a reagir com diferimento temporal e como tal devemos esperar pelos próximos meses para melhor perceber as consequências; ainda assim admitindo uma recuperação na economia no futuro próximo, as empresas poderão fazer ajustamentos menos significativos no seu quadro de pessoal.
Fonte: INE, AS Independent Research
António Seladas, CFA
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