novembro 30, 2021
A “Taxa de Desemprego” em outubro manteve-se nos 6,4%, enquanto a taxa de “Subutilização”, atingiu novos mínimos, evidenciando um mercado de trabalho saudável.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou os dados preliminares sobre a evolução do desemprego, da população empregada, população subutilizada, população ativa e população inativa relativos ao mês de outubro. Destacamos o seguinte:
1. A taxa de desemprego em outubro ajustada pela sazonalidade manteve-se nos 6,40%. Compara com a média móvel dos últimos 12 meses (12MMM): 6,80% e 3MMM: 6,40%;
2. A taxa de subutilização em outubro ajustada pela sazonalidade (inclui para além da população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis e os inativos disponíveis, mas que não procuram emprego) reduziu-se sequencialmente 20pb para os 11,8%; -200pb em termos homólogos e compara com 12MMM: 12,9% e 3MMA: 12,0%. Este é um conceito alargado de desemprego, menos volátil e, eventualmente, mais preciso, que inclui também os que por diversos motivos desistiram de procurar emprego, procuram emprego, mas não estão disponíveis e os que trabalham a tempo parcial;
3. A população subutilizada em outubro ajustada pela sazonalidade caiu 20,2% homólogo vs. 12MMM: -6,4% e 3MMM: -20,5% (sequencialmente: -1,70%);
4. A população empregada subiu +2,9% homólogo vs. 12MMM: +1,7% e 3MMM: +3,9% (sequencialmente: -0,30%); mantém-se junto a valores máximos, pelo menos dos últimos 10 anos.
O mercado de trabalho continua a registar um desempenho sólido. O ligeiro aumento da taxa de desemprego, +10pb para os 6,4% vs. agosto e uma ligeira redução sequencial na população empregada não nos parece preocupante, uma vez que a medida mais alargada e menos volátil “taxa de subutilização” caiu para os 11,8%; um mínimo nos últimos 10 anos.
Em suma, o mercado de trabalho mantém-se saudável, sendo que os diversos aspetos negativos nomeadamente, inflação, preços de energia, condicionamentos a nível logístico e o fim das moratórias, aparentemente não se está a sentir no mercado de trabalho.
Fonte: INE, AS Independent Research
António Seladas, CFA
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