março 27, 2024
tempo de leitura: 3 minutos
A Área Euro em março consolidou em níveis reduzidos em linha com os valores das médias móveis, ainda assim sem se deteriorar. Entretanto, o ESI em Portugal mantém um registo positivo, subindo sequencialmente, +0,7 pontos, beneficiando, da Confiança dos Consumidores e Serviços, Este comportamento, justifica-se pela estabilização da inflação, subida em termos reais dos salários e por último expetativa crescente de redução das taxas de juro, por parte dos bancos centrais.
A Comissão Europeia divulgou os dados de março relativos aos indicadores mensais de Sentimento Economico e subcomponentes para a Área Euro e por países, nomeadamente Portugal.
Os dados foram os seguintes:
- 1 – O Indicador de Sentimento Económico (ESI) em março na Área Euro subiu em cadeia, 0,8 pontos para os 96,3 vs. 12MMM (Média Móvel de 12 meses) 95,5 e 3MMM: 96;
- 2 – Relativamente às subcomponentes, todas melhoraram ligeiramente, exceto Construção, mantendo junto às médias móveis;
- 3 – O indicador português ESI, melhorou +0,7 pontos em cadeia para os 100,8. Compara com 12MMA: 98,4 e 3MMA: 99,5;
- 4 – Relativamente às subcomponentes, em Portugal, Confiança dos Consumidores e Serviços lideram o desempenho mensal, +2,6 pontos e 1,6 respetivamente, enquanto as restantes registaram pequenas variações.
Comentário: a Área Euro, consolida em níveis baixos, dados em linha com as médias móveis. Entretanto, Portugal continua a beneficiar do desempenho da Confiança do Consumidor (peso 20% no cálculo do ESI) e Serviços (30%), enquanto a Indústria (40%) melhora ligeiramente. Os próximos trimestres deverão ser alimentados pelas expetativas que os bancos centrais irão cortar as taxas de juro, a inflação está, aparentemente, controlada, ainda assim longe do objetivo dos 2%; e, por último, os salários registam aumentos superiores à inflação. Ou seja, Serviços e Confiança do Consumidor, deverão manter um registo positivo, e a economia deverá manter a tendência positiva.
Fonte: Banco de Portugal, Comissão Europeia, AS Independent Research
António Seladas, CFA
Voltar