setembro 14, 2023
(tempo de leitura: 3 minutos)
O DEI, divulgado pelo BdP, mostra um desempenho inesperadamente forte em setembro +4,4% homólogo no mês, vs. agosto: 0,5% e julho: -1,6%. Separadamente, os Indicadores Coincidentes mensais do BdP, natureza diferente, em agosto ilustram também uma tendência favorável. Em resumo a economia portuguesa continua a surpreender pela positiva, apesar da subida relevante das taxas de juro nos últimos 12 meses.
O Banco de Portugal (BdP) divulgou o indicador diário de atividade económica (DEI) (indicador publicado às quintas-feiras; “é construído com base em dados de alta frequência (tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, consumo de eletricidade e de gás natural, carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes) e permite captar alterações na atividade económica de forma atempada”, para mais informação visite o site do BdP).
Salientamos o seguinte:
1 – O DEI, sendo observações diárias é volátil por natureza. No entanto, em agosto o desempenho melhorou consideravelmente +0,5% homólogo vs. julho: -1.6% e em setembro o desempenho volta a surpreender +4,4% até ao momento (07/09). O efeito base ajuda (setembro de 2022 fraco), no entanto a economia continua a surpreender, mostrando uma resiliência inesperada, à forte subida das taxas de juro. O valor médio para o trimestre aponta para crescimento homólogo nulo, no entanto, o bom ritmo em setembro, deve ser suficiente para o fechar o trimestre com crescimento positivo.
Separadamente o BdP divulgou, também, os indicadores mensais Coincidentes de agosto. Os valores foram os seguintes:
1 – Indicador Coincidente de Atividade Económica: 4,3% homólogo vs. 12MMM (12 meses média móvel) 4,1% e 3MMM: 4,3%;
2 – Indicador Coincidente de Consumo Privado: 3,8% homologo vs. 12MMA: 2.7% e 3MMA: 3,7%.
Comentário: o DEI, melhorou em agosto depois de julho inesperadamente fraco e surpreende em setembro, valor medio no mês +4,4% no mês. O efeito base ajuda e deverá continuar durante o resto do ano, enquanto as taxas de juro de referência estarão perto de máximos. Por conseguinte, a economia portuguesa continua a surpreende pela positiva. Separadamente, os indicadores mensais Coincidentes de agosto, apesar da revisão em baixa ligeira dos dados anteriores, mantêm uma tendência favorável.
Em resumo a economia portuguesa continua a surpreender pela positiva, apesar da subida relevante das taxas de juro nos últimos 12 meses.
Fonte: BoP, INE, AS Independent Research
António Seladas, CFA
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