Macroeconomia

julho 11, 2025

Inflação nos serviços mantém-se pressionada...

(tempo de leitura: 2 minutos)  

 

Inflação e Inflação subjacente, em maio, 2,37% e 2,40%; ligeiramente acima das médias móveis. A pressão ligeira nos preços, deve-se essencialmente aos preços nos serviços que estão a consolidar acima dos 4%, derivado de um mercado de trabalho que se mantém robusto.

       

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou os valores finais relativos à inflação no mês de junho. Destacamos o seguinte: 

1 – O nível geral de preços (IPC), +2,37% homólogo (+11pb em cadeia), ligeiramente abaixo dos valores preliminares; compara com o valor médio dos últimos 12 meses (12MMM): +2,3% e 3MMM: +2,2%;

2 – Inflação subjacente (exclui o impacto dos bens voláteis: energia e produtos alimentares não processados), +2,40% homólogo, ligeiramente abaixo (-1pb em cadeia); compara com 12MMM: +2,4% e 3MMM +2,3%;

3 – Serviços: +4,22% homólogo vs. 12MMM: 4,1% e 3MMM: 4,2% (sequencialmente: +14pb); 

4 – Bens: 1,04% homólogo vs. 12MMM: 1,0% e 3MMM: 0,8% (sequencialmente: +8pb);  

5 – Produtos Energéticos: -1,34% homólogo vs. 12MMM: +0,7% e 3MMA: -0,4% (sequencialmente: +47pb);     

5 – Alimentação e Bebidas não Alcoólicas: +3,08% homólogo vs. 12MMM: +2,5% e 3MMM:               2,4% (sequencialmente: +41pb);

6 – Restaurantes/refeições fora: +6,06% homólogo vs. 12MMM: +5,6% e 3MMM: +6,0% (sequencialmente: +34pb);

7 – Rendas: +5,19% homólogo vs. 12MMM: +6,4% e 3MMM: +5,2% (sequencialmente: +33pb);          

8 – Telecomunicações: -0,72% homólogo vs. 12MMM: +4,0% e 3MMM: -0,8% (sequencialmente: -21pb);

9 – Vestuário e Calçado: -1,00% homólogo vs. 12MMM: -0,7% e 3MMM: -1,6% (sequencialmente -71pb);

10 – Equipamentos Domésticos: -1,33% homólogo vs. 12MMM: -1,9% e 3MMM: -1,3% (sequencialmente -75pb).

Comentário: dados finais do índice de preços em junho, ligeiramente abaixo dos preliminares, inflação: 2,37% homóloga e subjacente 2,40%; ainda assim ligeiramente acima das médias móveis. Os dados de inflação mostram alguma resiliência, e deve-se essencialmente à inflação nos Serviços que consolida acima dos 4%, enquanto a inflação nos bens se encontra esmagada junto aos 1%. De facto, não nos parece possível melhorias significativas, sem a pressão dos preços nos Serviços baixar, sendo que por sua vez os Serviços estão pressionados pelo mercado de trabalho forte, por conseguinte este nível de preços dever-se-á manter ou mesmo acelerar.

   

 

Fonte: INE, BoP, AS Independent Research

 


Artigo de autoria:
António Seladas, CFA

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