junho 23, 2025
(tempo de leitura: 3 minutos)
O mercado de habitação em Portugal, no 1T25, acelerou o ritmo, já intenso, registado nos três trimestres anteriores; preços +16,3% homólogo/+4,8% em cadeia, acima das médias móveis. Entretanto, os volumes transacionados, mantiveram um desempenho forte +25% homólogo. Por último, os volumes nos não-residentes, têm perdido tração, -18,9% em cadeia, apesar de, ainda ligeiramente positivos no ano, +1,5%. A relação inversa entre taxas de juro e preços no imobiliário é muito forte (ver gráfico em baixo), por conseguinte devemos esperar que os preços se mantenham pressionados.
O Instituto Nacional de Estatística divulgou os dados do 1T25 (1º trimestre 2025) relativos ao índice de preços de habitação e número de imóveis transacionados. Destacamos o seguinte:
1 – Índice de preços de Habitação (casas novas e existentes): +16,3% homólogo e 4,8% em cadeia, compara com 12 meses média móvel (12MMM): +11,4% e 6MMM: 13,9%;
2 – Volumes transacionados (medido pelo número de casas transacionadas, novas e existentes) +25% homólogo vs. 12MMM: +21,8% e 6MMM: +28,8% (em cadeia: -8,5%);
3 – Volumes transacionados na região de Lisboa: +26,6% homólogo vs. 12MMM: 24,7% e 6MMM: +30,2% (em cadeia: -9,4%);
4 – Volumes transacionados por não-Residentes: +1.5% homólogo vs. 12MMM: -1,4% e 6MMM: +0,1% (-18,9% em cadeia).
Separadamente, há cerca de duas semanas, os dados divulgados pelo INE espanhol, indicavam relativamente ao 1Q25, preços de habitação: +12,2% homólogo vs. 12MMA: +9,6% e 6MMM: +10,6% (+3,5% em cadeia).
Comentário: o mercado de habitação continua a atingir novos máximos, preços +16,3%homólogo/+4,8% em cadeia, enquanto os volumes cresceram 25% homólogo. Entretanto, os volumes de não residentes abradam sequencialmente, ainda que positivo no ano, +1,5%. Por último, de notar a relação inversa esperada entre preços e taxas de juro no crédito imobiliário (ver gráficos). A pressão nos preços de habitação dever-se-á manter, assumindo taxas de crédito a caírem em linha com as taxas de referência do banco central.
Fonte: INE, BdP, AS Independent Research
António Seladas, CFA
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