Macroeconomia

setembro 22, 2025

Mercado de Habitação atinge novos máximo nos 2T25

(tempo de leitura: 3 minutos)    

 

O mercado de habitação em Portugal, no 2T25, manteve o ritmo, intenso, índice de preços sobe, +17,2%homólogo/+4,7% em cadeia, para novos máximos, com os volumes transacionados a subirem 15,5% homólogo, ligeiramente inferior às médias moveis. O único aspeto negativo, é o ajustamento no volume transacionado por não-Residentes, que cai 14,5% homologo e cerca de 4,9% do total (mínimo recente). Taxas de crédito hipotecário em queda e mercado de trabalho em máximos, justificam, em parte, o bom desempenho do mercado imobiliário.    

 

O Instituto Nacional de Estatística divulgou os dados do 2T25 (2º trimestre 2025) relativos ao índice de preços de habitação e número de imóveis transacionados. Destacamos o seguinte: 

1 – Índice de preços de Habitação (casas novas e existentes): +17,2% homólogo e 4,7% em cadeia, compara com 12 meses média móvel (12MMM): +13,7% e 6MMM: 16,8%;

2 – Volumes transacionados (medido pelo número de casas transacionadas, novas e existentes) +15,5% homólogo vs. 12MMM: +23,1% e 6MMM: +20,3% (em cadeia: +3,7%);          

3 – Volumes transacionados na região de Lisboa: +16,5% homólogo vs. 12MMM: 26,2% e 6MMM: +21,5% (em cadeia: +2,1%);

4 – Volumes transacionados por não-Residentes: -14,5% homólogo vs. 12MMM: -4,4% e 6MMM: -6,5% (+0,4% em cadeia).

Separadamente, há cerca de duas semanas, os dados divulgados pelo INE espanhol, indicavam, relativamente ao 2Q25, preços de habitação: +12,7% homólogo vs. 12MMA: +11,1% e 6MMM: +12,5% (+4,0% em cadeia).

 

Comentário: O Mercado de Habitação em Portugal permanece quente, com o índice de preços a subir 17,2% homólogo e 4,7% sequencial. Os volumes de transações mantêm-se, também, elevados, ainda que ligeiramente inferiores às médias móveis. Talvez a única nota dissonante seja a evolução de transações de não-Residentes, que tem ajustado, -14,5% homologo e 4,9% do total de transações, um valor não registado desde junho de 2021 (-170bp homologo).

Em resumo, taxas de juro de crédito hipotecário em ajustamento e o mercado de trabalho muito forte, continuam a alimentar o mercado imobiliário, com a única exceção, os não-Residentes menos ativos no mercado imobiliário.    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: INE, BdP, AS Independent Research


Artigo de autoria:
António Seladas, CFA

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