janeiro 12, 2022
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou os valores finais relativos à inflação no mês de dezembro. Destacamos o seguinte:
1 – O nível geral de preços (IPC), +2,7% em termos homólogos, ligeiramente abaixo dos valores preliminares e compara com o valor médio dos últimos 12 meses (12MMM): +1,27% e 3MMM: +2,39%;
2 – Inflação subjacente (exclui o impacto dos bens voláteis: energia e produtos alimentares não processados), +1,80% homólogo, em linha com os valores preliminares; compara com 12MMM: +0,75% e 3MMM +1,53%;
3 – Serviços: +2,0% homólogo vs. 12MMM: 0,63% e 3MMM: 1,86% (sequencialmente: +0,26%);
4 – Produtos Energéticos: +11,2% homólogo vs. 12MMM: +7,43% e 3MMA: 12,89% (sequencialmente: -1,18%);
5 – Alimentação e Bebidas não Alcoólicas: +2,9% homólogo vs. 12MMM: +0,74% e 3MMM: 1,58% (sequencialmente: +0,75%);
6 – Restaurantes/refeições fora: +3,00% homólogo vs. 12MMM: +1,89% e 3MMM: +2,66% (sequencialmente: +0,29%);
7 – Rendas: +1,90% homólogo vs. 12MMM: +1,80% e 3MMM: +1,91% (sequencialmente: +0,13%);
8 – Telecomunicações: +1,1% homólogo vs. 12MMM: +0,46% e 3MMM: +1,05% (sequencialmente: +0,64%);
9 – Vestuário e Calçado: +1,80% homólogo vs. 12MMM: -0,23% e 3MMM: -0,15%.
Os dados de inflação continuam virados a norte, com os valores divulgados, a atingirem máximos recentes, ainda assim abaixo da Área Euro, entretanto os preços da Energia caíram sequencialmente, 1,18%, apesar de +11,2% homólogo. A inflação subjacente mantém-se ligeiramente abaixo dos 2%, um resultado positivo, concretamente quando comparado com a Área Euro, +2,6%. No entanto, a tendência geral é de subida de preços, Vestuário, geralmente regista deflação, preços sobem 1,8% homólogo, Restaurantes +3%; numa base homóloga elevada e Alimentação e Bebidas não-Alcoólicas, +2,9%, suficientemente interessante parece-nos o comportamento das rendas que se mantêm ligeiramente abaixo dos 2%. Por fim, estamos sem dúvida expectantes relativamente à evolução dos preços em janeiro, uma vez que diversas atualizações de preços só acontecem uma vez no ano em janeiro, serão as atualizações entre 2% e 3% ou aproximar-se-ão dos 5%, por exemplo no meu caso pessoal o preço do alarme de casa subiu 4,9% homólogo.
Em suma, a pressão nos preços mantém-se, apesar de uma queda sequencial na Energia. Será sem dúvida interessante observar o comportamento dos preços em janeiro, uma vez que diversos serviços são atualizados, somente, uma vez no ano, estaremos na presença de atualizações entre os 2%/3% ou valores mais elevados?
Fonte: INE, AS Independent Research
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