Macroeconomia

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Os salários continuam a subir, ainda assim abrandaram ligeiramente, valores médios no 3T25, 5,6% e setembro, 5,3% homólogo, abaixo dos valores médios. Os aumentos reais junto aos 3% (inflação nos 2,3%), são um forte incentivo à procura doméstica. No imediato, esta tendência dever-se-á manter, sendo que num prazo mais alargado, menores aumentos salariais reduzirão o incentivo ao consumo.           

O Instituto Nacional de Estatística divulgou, os dados relativos à remuneração Bruta Total mensal por trabalhador, durante o 3T25 (3º trimestre 2025). Destacamos o seguinte: 

1 – O salário medio bruto mensal durante o 3T25: €1 738; +5,6% homólogo e últimos 12 meses €1 663 (+6,1% media);

2 – Aumentos mensais homólogos: julho: +6,0%; agosto: 5,6% e setembro: 5,3%;

4 – Inflação subjacente média no 3T25: 2,3% e últimos 12 meses: 2,4%;

5 – Índice de Custo Laboral em setembro (ajustado pelos dias de trabalho): 4,7% homólogo vs. valores médios dos últimos 4 trimestres, 6,2%. 

Comentário: O desempenho dos salários mantém-se resiliente, acima da inflação subjacente, cerca de 300pb base. Este desempenho, é um forte incentivo ao consumo, coerente com outros indicadores, que mostram consumo forte (vendas a retalho no 3T25, +5,8% homólogo). No entanto, existe uma tendência suave de ajustamento, o aumento em setembro, 5,3% foi o valor maia baixo desde dezembro 2022. O ajustamento dos salários nominais e reais (aumentos menores) deverá aliviar a procura doméstica, ainda assim no imediato, a procura manter-se-á forte.

Fonte: INE, BdP, AS Independent Research