Macroeconomia

dezembro 02, 2021

Taxas de juro nos novos empréstimos às empresas, confirmam tendência de ligeira subida

Os dados de outubro confirmam a tendência recente de subida ligeira, particularmente as taxas de juro nos novos empréstimos a empresas, sendo que as taxas de juro no crédito ao Consumo e Hipotecário, também se encontram acima das médias móveis. Em resumo, a margem financeira no sector tem vindo a melhorar ligeiramente, de níveis reduzidos.     

(tempo de leitura: 3 minutos)          

O Banco de Portugal (BdP) divulgou o segundo conjunto de dados, sobre o sector bancário, referentes a outubro. Os dados divulgados referem-se às taxas de juro nos novos Empréstimos às Empresas, Hipotecas e Consumo e as taxas de juro que remuneram os novos Depósitos.

Realçamos o seguinte:   

Taxas de juro nos novos Empréstimos:

  • Sociedades Não Financeiras: 2,09% vs. 12Meses Média Móvel: 1,97% e 3MMM: 2,01%;
  • Hipotecas: +0,82% vs. 12MMM: +0,81% e 3MMM: 0,81%;
  • Consumo: +6,65% vs. 12MMM: 6,45% e 3MMM: 6,61%.

Taxas de Juro nos novos Depósitos (até 1 ano):

  • Empresas: 0,03% vs. 12MMM: 0,04% e 3MMM 0,04%;
  • Indivíduos: +0,04% vs. 12MMM: 0,05% e 3MMM: 0,04%.

Margem líquida de intermediação (NIM, proxy):

  • 08% vs. 12MMM: 1,96% e 3MMM: 2,03%.

Comentário: os dados de outubro confirmaram a tendência recente de uma subida ligeira nas taxas de juro ativas, nomeadamente, nos novos empréstimos a Empresas, enquanto as taxas de juro no crédito à habitação e no Consumo se encontram ligeiramente acima de médias móveis. Entretanto, as taxas de juro que remuneram os Depósitos mantêm-se perto de zero. O resultado, é uma subida ligeira e lenta de uma base baixa na Margem de Intermediação Financeira, ainda assim positivo para o sector.

Resumindo, as taxas nos novos empréstimos a empresas em outubro, confirmaram a tendência recente de subida ligeira. Entretanto, as taxas de juro nas novas Hipotecas e Crédito ao Consumo, aparentemente, pararam de cair, enquanto as taxas que remuneram os depósitos se mantêm junto a zero. Resultado a Margem de Intermediação Financeira tem vido a subir ligeiramente. 

 

      

                  

Fonte: Banco de Portugal, INE, AS Independent Research


Artigo de autoria:
António Seladas, CFA

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