Macroeconomia

outubro 01, 2025

Vendas no retalho em agosto, ritmo arrefece ligeiramente

(tempo de leitura: 3 minutos)  

Vendas no retalho em agosto, mantém ritmo elevado, volume, +4,9% homólogo (não-alimentar 5,2% e alimentar 4,6%); ainda assim inferior às médias moveis, mostrando algum arrefecimento. O último trimestre do ano deverá manter esta tendência de ajustamento, essencialmente, devido ao efeito base elevado…  

 

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou os valores de agosto relativos às vendas no retalho.

Os dados foram os seguintes:    

1 – Índice do volume de negócios no comércio a Retalho a preços constantes (sem as vendas de combustível, automóveis e ajustamentos sazonais), ou seja, sem o impacto dos preços, +4,9% homólogo, vs. Média Móvel de 12 meses (12MMM) +5,4% e 3MMM +6,1%;

2 – “Produtos não-Alimentares” a preços constantes (sem vendas de combustível e automóveis) +5,2% homólogo vs. 12MMM: +5,3% e 3MMM: +6,7% (venda de automóveis em agosto: +9,9%);

3 – “Produtos Alimentares” a preços constantes: 4,6% homólogo vs. 12MMM: +5,6% e 3MMM: +5,5%;

4 – “Produtos Alimentares” a preços correntes (dados nominais, incluindo o efeito preço) +7,2% homólogo vs. 12MMM +6,3% e 3MMM: 7,8%;

4 – “Têxteis, Vestuário e Calçado” (dados nominais, incluindo o efeito preço) +6,1% homólogo vs. 12MMM: 5,0% e 3MMM: 5,1%;

5 – “Artigos para o Lar” -3,5% homólogo (dados nominais) vs. 12MMM: 0,8% e 3MMM: +1,8%;   

6 – “Vendas por Correspondência, Internet e Outros Meios” (dados nominais) +2,0% homólogo vs. 12MMM 4,7% e 3MMM -0,3%.      

 

Comentário: As vendas no retalho, em volume, em agosto, mantiveram um ritmo intenso, ainda assim o crescimento homólogo inferior aos últimos quatro meses e inferior às médias móveis, mas equilibrado, não-Alimentar: 5,2% e, Alimentar: 4,6%. O efeito base é elevado durante o 4T25 (4º trimestre 2025), devido ao bom desempenho no 4T24 (efeito positivo da expansão fiscal), por conseguinte, o último trimestre do ano deverá ser menos robusto.      

 

 

 

 

 

Fonte: INE, AS Independent Research


Artigo de autoria:
António Seladas, CFA

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