Macroeconomia

junho 28, 2024

Vendas no retalho em maio, +4%, com Alimentar +6,3%

tempo de leitura: 3 minutos

Vendas no retalho em maio surpreendem, +4% homólogo, acima das médias moveis, essencialmente devido ao Alimentar, +6,3%; sendo que o não Alimentar +2%, também surpreende. Não existe uma razão especifica e de facto outros dados indicam uma economia com menos ritmo.        

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou os valores de maio relativos às vendas no retalho.

Os dados foram os seguintes:    

  • 1 – Índice do volume de negócios no comércio a Retalho a preços constantes (sem as vendas de combustível, automóveis e ajustamentos sazonais), ou seja, sem o impacto dos preços, +4% homólogo, vs. Média Móvel de 12 meses (12MMM) +1,8% e 3MMM +2,9%;
  • 2 – “Produtos não-Alimentares” a preços constantes (sem vendas de combustível e automóveis) +2,0% homólogo vs. 12MMM: +1,0% e 3MMM: +1,0% (venda de automóveis em maio: +0,2%);
  • 3 – “Produtos Alimentares” a preços constantes: 6,3% homólogo vs. 12MMM: +2,9% e 3MMM: +5,3%;
  • 4 – “Produtos Alimentares” a preços correntes (dados nominais, incluindo o efeito preço) +6,4% homólogo vs. 12MMM +7,0% e 3MMM: 5,6%;
  • 5 – “Têxteis, Vestuário e Calçado” (dados nominais, incluindo o efeito preço) +3,4% homólogo vs. 12MMM: 2,2% e 3MMM: -0,2%;
  • 6 – “Artigos para o Lar” -0,3% homólogo (dados nominais) vs. 12MMM: 0,8% e 3MMM: +0,2%;   
  • 7 – “Vendas por Correspondência, Internet e Outros Meios” (dados nominais) -6,3% homólogo vs. 12MMM 3,9% e 3MMM -0,1%.      

Comentário: As vendas a retalho em maio surpreenderam pelo ritmo, volumes: +4% homólogo, acima das médias móveis, essencialmente devido aos produtos Alimentares, +6,3%; no entanto não-alimentar +2%; é um também um valor que surpreende. Não existe uma razão específica para este desempenho, nomeadamente efeito base e de facto outros dados indicam uma economia, no segundo trimestre, mais vulnerável. Entretanto, os dados nominais indicam inflação no alimentar perto de zero, em linha com as tendências, ainda que inferior aos valores divulgados pelo índice de preços.        

 

Fonte: INE, AS Independent Research

 


Artigo de autoria:
António Seladas, CFA

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