Macroeconomia

maio 02, 2025

Vendas no retalho em março, abrandam

(tempo de leitura: 3 minutos)


Vendas no retalho em março, em volume, 2,2% homólogo (Não-alimentar, 2,4% e Alimentar 2,0%) abrandaram, essencialmente, devido ao efeito Páscoa. De facto, os dados ajustados, indicam variações de 5%. Ainda assim, a diluição do impacto da descida das taxas de juro e o efeito base elevado do 4T24, deverão condicionar o desempenho na 2ª metade do ano.

 

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou os valores de fevereiro relativos às vendas no retalho.
Os dados foram os seguintes:
1 – Índice do volume de negócios no comércio a Retalho a preços constantes (sem as vendas de combustível, automóveis e ajustamentos sazonais), ou seja, sem o impacto dos preços, +2,2% homólogo, vs. Média Móvel de 12 meses (12MMM) +4,5% e 3MMM +4,0%;
2 – “Produtos não-Alimentares” a preços constantes (sem vendas de combustível e automóveis) +2,4% homólogo vs. 12MMM: +4,5% e 3MMM: +4,1% (venda de automóveis em março: +7,8%);
3 – “Produtos Alimentares” a preços constantes: 2,0% homólogo vs. 12MMM: +4,5% e 3MMM: +4,0%;
4 – “Produtos Alimentares” a preços correntes (dados nominais, incluindo o efeito preço) +3,0% homólogo vs. 12MMM +4,5% e 3MMM: 5,1%;
4 – “Têxteis, Vestuário e Calçado” (dados nominais, incluindo o efeito preço) -2,7% homólogo vs. 12MMM: 5,2% e 3MMM: 2,3%;
5 – “Artigos para o Lar” -1,4% homólogo (dados nominais) vs. 12MMM: 1,9% e 3MMM: -1,3%;
6 – “Vendas por Correspondência, Internet e Outros Meios” (dados nominais) +14,0% homólogo vs. 12MMM 5,1% e 3MMM 9,9%.


Comentário: As vendas no retalho, em volume, em março, abrandaram +2,2% homólogo, das quais Alimentar 2,0% e Não-alimentar 2,4%, essencialmente devido ao efeito Páscoa (março 2024 vs. abril 2025). De facto, os dados ajustados apontam para valores em torno dos 5% (não-Alimentar: 3,6% e Alimentar: 6,6%). A tendência positiva registada no 4T24 (4º trimestre 2024), estimulada por uma política fiscal expansionista, manteve-se nos primeiros meses do ano, ainda que, com menor intensidade. A estabilização das taxas de juro e o efeito base do 4T24, deverão impactar o desempenho na 2ª metade do ano.

 

 

 

 

Fonte: INE, AS Independent Research


Artigo de autoria:
António Seladas, CFA

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