Macroeconomia

novembro 16, 2023

Atividade económica melhora nas últimas semanas

(tempo de leitura: 3 minutos)   

 

O Indicador Dário de Atividade, publicado, às quintas-feiras, pelo Banco de Portugal, foi atualizado em alta, nomeadamente a média semanal no trimestre atual (3,6% vs. 2,8% na semana anterior). Entretanto, a divulgação dos indicadores mensais Coincidentes de outubro, menos voláteis, indicam arrefecimento. Em resumo, a economia encontra-se numa fase de ajustamento, com volatilidade, mas sem arrefecer bruscamente.

O Banco de Portugal (BdP) divulgou o indicador diário de atividade económica (DEI) (indicador publicado às quintas-feiras; “é construído com base em dados de alta frequência (tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, consumo de eletricidade e de gás natural, carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes) e permite captar alterações na atividade económica de forma atempada”, para mais informação visite o site do BdP).

Salientamos o seguinte:  

1 – O DEI, sendo observações diárias, é volátil por natureza e as observações são, frequentemente, revistas. Ainda assim, o Indicador manteve-se resiliente, tendo as observações médias semanais no trimestre atual sido atualizadas em alta (3,6% homólogo vs. 2,8% na semana anterior, ver tabela em baixo). Por outro lado, os valores do 3º Trimestre foram revistos em baixo para um valor de 2%; quase em linha com o crescimento do PIB no 3T23; 1,9%.    

2 – O BdP Portugal divulgou, também, os Indicadores mensais coincidentes, referentes a outubro, menos voláteis que o DEI, os quais, sem surpresa, indicam ajustamento na economia (ver gráfico em baixo).     

Em resumo, a economia, claramente, encontra-se numa fase de ajustamento com volatilidade, ainda assim não está a desacelerar bruscamente. De facto, julgamos que a economia surpreende na resiliência, dado o impacto negativo das taxas de juro, o qual se deverá manter nos próximos trimestres, mas perderá importância ao longo do próximo ano.

 

 

 

Fonte: BoP, INE, AS Independent Research


Artigo de autoria:
António Seladas, CFA

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